Quando foi feito o primeiro carro elétrico?

O carro elétrico é bastante popular no Brasil, e seu uso pela população cresce a cada ano, mas você sabe qual foi o primeiro a surgir?

12/01/2024

Alba Energia Solar

O carro elétrico é uma tendência crescente no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), houve um aumento de 76% nas vendas de VE nos primeiros oito meses de 2023 comparado ao mesmo período em 2022. Com isso, é cada vez mais comum encontrar quem tenha um carro elétrico e aponte as diversas vantagens do seu uso. Mas você sabia que os carros elétricos existem há mais de 100 anos? Conheça mais sobre a história dessa tecnologia nesse artigo.

O início do processo de invenção do carro elétrico

Apesar de parecer uma invenção moderna, o carro elétrico teve origem há muitos anos. Inicialmente, após a invenção da máquina a vapor, no século XVII, foram desenvolvidas as ferrovias, que facilitaram muito a locomoção da população. Entretanto, até esse momento, as carruagens eram o principal meio de transporte, mas já não eram mais suficientes. 

Isso porque, no século XIX, já havia surgido a energia elétrica, e os engenheiros e cientistas da época sabiam que poderiam melhorar a situação da locomoção.

O primeiro carro elétrico 

O primeiro carro elétrico da história pode ser considerado o resultado de diversas pesquisas e testes, que culminaram no desenvolvimento do primeiro motor elétrico do mundo, em 1828, pelo engenheiro húngaro Ányos Jedlik. O motor foi acoplado a um modelo de carro, após alguns anos. Em 1834, o americano Thomas Davenport desenvolveu um modelo semelhante, que funcionou em uma pista circular alimentada por energia elétrica. 

Entretanto, o químico escocês Robert Anderson, ficou conhecido como o “pai do carro elétrico”, pois entre os anos de 1832 e 1839, desenvolveu um protótipo de um modelo semelhante aos carros tradicionais, alimentado por células elétricas. 

A partir disso, diversos modelos foram criados e testados ao longo dos anos, mas todos tinham a limitação de não ter uma bateria recarregável. Em 1859, Gastón Planté desenvolveu as baterias recarregáveis de chumbo-ácido, o que possibilitou a locomoção dos veículos, pois a energia poderia ser armazenada. 

Alguns anos depois, em 1888, Gustave Trouvé levou um triciclo acionado por um motor elétrico à Exposição Internacional de Eletricidade, em Paris. O triciclo foi um marco na história dos carros elétricos, pois contribuiu significativamente para o seu aperfeiçoamento.  No mesmo ano surgiu o Flocken Elektro Wagen, criado por Andreas Flocken, que foi considerado o primeiro carro elétrico da história. 

Leia também: Saiba como achar pontos de recarga para carros elétricos 

A estabilização do carro elétrico na sociedade

O desenvolvimento da bateria recarregável fez com que o carro elétrico se tornasse mais popular entre as pessoas, sendo muito usado por taxistas, por exemplo.

O carro elétrico era mais comum pela elite, visto que seu custo era alto. No entanto, suas vantagens são muito atrativas: silencioso, mais moderno, não emite gases ou odor, e é mais confortável para os ocupantes. Apesar das vantagens do carro elétrico, os veículos à combustão começaram a ganhar maior visibilidade entre a população. Isso ocorreu por alguns motivos:

• O preço final era menor para o consumidor;
• Foram descobertas reservas de petróleo, o que tornou a gasolina mais barata;
• As más condições de geração e distribuição de eletricidade da época dificultaram o avanço dos veículos elétricos;
• Antes era necessário girar uma manivela para ligar o motor de combustão. O acionamento automático melhorou a experiência nesse modelo.

No entanto, apesar de alguns anos de ascensão dos carros à combustão, a popularidade dos carros elétricos voltou a partir da Segunda Guerra Mundial. Isso ocorreu por causa da escassez de combustível ocorrida na época. Nesse momento, o carro elétrico já estava aperfeiçoado, tornando-se mais interessante do que o modelo à combustão em termos tecnológicos. Isso atraiu ainda mais a população.

Veículos elétricos no Brasil: desafios e oportunidades

Ainda existem alguns desafios que precisam ser superados para que a adoção de VEs se torne mais ampla no Brasil. Um dos principais desafios é o custo dos VEs, que ainda é superior ao dos veículos movidos a combustão interna. Outro desafio é a infraestrutura de recarga. O Brasil ainda tem um número relativamente baixo de pontos de recarga para VEs. Em maio de 2023, havia cerca de 3.254 pontos de recarga no país, o que é insuficiente para atender à crescente demanda de VEs.

Apesar dos desafios, existem também oportunidades para o crescimento da mobilidade elétrica no Brasil. O país tem um potencial enorme para geração de energias renováveis, que pode ser usado para gerar energia para os VEs. Além disso, o Brasil tem uma demanda crescente por transporte sustentável, devido à preocupação com o meio ambiente.

O governo brasileiro tem adotado medidas para incentivar a adoção de VEs, como a isenção de impostos para a importação de VEs e o incentivo à compra de VEs por empresas. Essas medidas podem ajudar a superar alguns dos desafios e impulsionar o crescimento da mobilidade elétrica no Brasil.

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